Arqueólogos descobriram em Uppsala, Suécia, um túmulo anterior à Era Viking contendo objetos de ouro e fragmentos de uma rara espada ricamente ornamentada. A informação é do The Local.
A sepultura remonta entre os anos 550-600 d.C., durante a chamada Era de Vendel na Suécia, período situado entre a Era das Migrações (c. 400-550) e a Era Viking (793-1066).
Acredita-se que o túmulo tenha pertencido a um indivíduo de status elevado, possivelmente ligado à realeza da época. Junto com o homem adulto, uma criança também foi enterrada, aparentemente na mesma ocasião.
A tumba foi encontrada em Fyrislund, no leste de Uppsala. A descoberta é considerada pelos arqueólogos como misteriosa, uma vez que o local onde foi encontrada é distante dos famosos montes funerários da Velha Uppsala.
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A líder do projeto, Anna Hed Jakobsson, falou sobre o achado.
“É um mistério o motivo da tumba estar localizada onde está. Não há outras sepulturas tão elaboradas como essa na área.”
Dentre os objetos encontrados, uma espada ornamentada, decorada com ouro, vermeil (prata-dourada), figuras de animais e granadas.
“Trata-se de algum símbolo de valor e poder daquela época. O homem enterrado com essa espada deve ter pertencido ao círculo restrito dos membros da família real.”
O túmulo foi encontrado originalmente em 2016, porém os arqueólogos resolveram aguardar o processo de conservação e a realização completa das análises antes de compartilhar os detalhes da descoberta com o público.
Arqueólogos também descobriram cerca de 50 peças de um jogo em marfim, que eram extremamente incomuns. Havia ainda um copo de vidro e um pingente de ouro decorado no padrão espinha de peixe. Algo nesse estilo foi encontrado apenas uma vez antes, no túmulo de um chefe, nos arredores de Sundsvall. Segundo o Forskining & Framsteg, o pingente pode ter sido usado na orelha ou no ombro, talvez como uma forma de denotar seu status.
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Os arqueólogos encontraram ainda os restos de uma ave de rapina, cavalos, cães, ovelhas, duas armadilhas para ursos, bem como outros animais na tumba, o que reforça o status elevado do homem.
Os achados são fragmentários, uma vez que a sepultura era um “túmulo de fogo” (brandgrav), algo comum durante o período. Os corpos e, frequentemente, os objetos a serem enterrados com eles, eram queimados antes do enterro.
O relatório completo das escavações deverá ser divulgado até o fim do ano.
Fonte da imagem destacada: Forskining & Framsteg