Arqueólogos encontraram no Paquistão traços da cidade reconstruída e perdida de Bazira, conhecida como “a Cidade de Alexandre“. A informação é do Dawn.
A descoberta aconteceu durante recentes escavações no Vale do Suat. Os vestígios pertencem à cidade estabelecida sobre as ruínas da original, fundada no século IV a.C. Bazira viria a ser destruída no século III d.C. após um terremoto de proporções catastróficas.
Barikot, atual nome em urdu para a antiga Bazira, situa-se no norte do Paquistão e é conhecida como “a Cidade de Alexandre, o Grande”. O rei macedônio conquistou a cidade fortificada então pertencente ao Império Máuria em 326 d.C. após um cerco militar.
O Dr. Luca Maria Olivieri, chefe da Missão Arqueológica Italiana, falou ao Dawn a respeito do achado:
“Felizmente, descobrimos a lacuna que faltava. Após o abandono da cidade baixa no século III, um assentamento urbano menor, mas complexo, foi reconstruído no sopé do Barikot Ghwandai”
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Ele acrescentou dizendo que os arqueólogos encontraram uma estrutura da dinastia Hindu Shahi (879–1026), mas também traços de um pequeno assentamento urbano e uma cidadela. Esta última havia sido habitada desde o século IV até a época do Império Gaznévida (977-1187).
“A cidade baixa, abandonada após um poderoso terremoto no século III, era conhecida como Bazira ou Beira. A cidade recém-descoberta, de acordo com uma inscrição encontrada no cume do Ghwandai, chamava-se Vajirasthana. Seu significado é ‘posto fortificado de Bazira’”
O arqueólogo afirmou ainda que os achados mais importantes da cidadela foram um templo do fogo, uma fortaleza ou palácio Hindi Shahi, ambos contemporâneos de um templo Hindu Shahi descoberto em 1988 no cume do Ghwandai.
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A equipe de arqueólogos encontrou as evidências dispersas dos período do Império Gaznévida, bem como as evidências de uma vila Dárdica Medieval (datada do século XII ao XV d.C.) que foi ocupada pela tribo Yousafzai. A cidade foi também um importante centro do pensamento budista enquanto parte do Reino de Gandara.
Histórias orais da região, retransmitidas por um oficial britânico em 1912, contam que os habitantes originais da área fugiram para Dir e fundaram uma nova Barikot ali.