John William Waterhouse nasceu no ano de 1849 em Roma, de pais ingleses, os também pintores William e Isabella Waterhouse. Inicialmente adepto do academicismo, abraçou a escola criada pela Irmandade Pré-Rafaelita e ganhou notoriedade por retratar figuras femininas da mitologia grega e das lendas arturianas, assim como outros motivos literários, tais como obras de William Shakespeare, Alfred Tennyson e John Keats.
Seus pais retornaram para Londres em 1854 e puseram o garoto, carinhosamente chamado por “Nino”, em contato com obras de arte nos principais museus da capital inglesa. O pequeno John logo passou a rabiscar várias das obras expostas nos museus. Em 1871, ingressou na Academia Real Inglesa.
Estudou escultura antes de se dedicar de vez à pintura em 1874, ano em que o seu quadro Sono e o seu meio-irmão Morte, que versa sobre os deuses gregos Hipnos (Sono) e Tânato (Morte) e que foi inspirado pela morte por tuberculose de seus dois irmãos mais novos, fez grande sucesso na exposição de verão da Academia Real.
Uma das suas obras mais famosas e também a sua preferida é A Dama de Shalott (imagem que encabeça a postagem) de 1888, que trata de Elaine de Astolat, como retratada no poema de Alfred Tennyson, que morreu em decorrência de uma maldição (um amor não correspondido) após olhar diretamente para o belo Sir Lancelot.
Veja também:
-
A arte romântica de Frank Dicksee
-
A mitologia grega por Herbert James Draper
-
A mitologia nórdica na pintura de Nils Blommér
Seu prestígio foi crescente por toda a sua carreira. Tornou-se professor na St John’s Wood Art School, entrou para o St John’s Wood Arts Club e serviu no Conselho da Academia Real.
Pintou até o fim de sua vida. Faleceu em 1917, em decorrência de um câncer, deixando como legado 118 pinturas.