Tumba do período greco-romano é descoberta no Egito | Foto: Università degli Studi di Milano
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Tumba do período greco-romano é descoberta no Egito

por. Thiago Marques
Publicado: Atualizado: 0 comentários 2 minutos de leitura

Uma equipe de arqueólogos egípcios e italianos descobriu uma tumba do período greco-romano em Assuã, cidade do sul do Egito. A informação é do Ahram Online.


Durante escavações na área do Mausoléu de Aga Khan, em Assuã, foi encontrada uma tumba construída na rocha que remonta do período faraônico tardio ao período greco-romano. O secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, Mostafa Waziri, disse que os arqueólogos encontraram parte de um caixão de madeira pintada dentro do túmulo.

A missão arqueológica ítalo-egípcia que encontrou a tumba greco-romana no Egito

A missão arqueológica ítalo-egípcia | Foto: Università degli Studi di Milano

Além disso, foram encontrados fragmentos de um outro caixão adornado com um texto completo contendo o nome do proprietário, identificado como Tjt. Ele contém ainda uma invocação aos deuses da Primeira Catarata do Nilo: Quenúbis, Sátis e Anúquis, bem como Hapi, o deus do Rio Nilo.

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Ayman Ashmawy, chefe do departamento do Antigo Egito do Ministério de Antiguidades, disse que a tumba consiste de uma escada parcialmente ladeada por blocos esculpidos, conduzindo às câmaras funerárias. A entrada havia sido selada por um muro de pedra que foi encontrado em seu lugar original, sobre a escada.

A chefe da missão arqueológica, Patrizia Piacentini, disse que foram encontrados também muitas ânforas e vasos para oferendas, além de uma estrutura funerária contendo quatro múmias e recipientes para comida. Além disso, foram encontradas duas múmias, provavelmente mãe e filho, ainda cobertas por cartonagem pintada.

Múmias sobrepostas possivelmente mãe e filho | Foto: Università degli Studi di Milano

Múmias sobrepostas, possivelmente de mãe e filho | Foto: Università degli Studi di Milano

Um caixão de tampo redondo foi escavado do chão de pedra. Na câmara principal havia cerca de 30 múmias, incluindo crianças que foram depositadas em um comprido nicho lateral.

“Encostada na parede norte da câmara havia uma maca intacta incrível feita de estipe de palmeira e tiras de linho, usada pelas pessoas que depositaram as múmias na tumba.”

Patrizia Piacentini

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Lâmpada a óleo feita de terracota | Foto: Università degli Studi di Milano

Lâmpada a óleo feita de terracota | Foto: Università degli Studi di Milano

Na entrada da câmara havia vasos contendo betume para mumificação, cartonagem branca pronta para ser pintada e uma lâmpada.

Nos lados direito e esquerdo da porta, foram encontradas ainda muitas cartonagens coloridas e douradas, fragmentos de máscaras funerárias pintadas com ouro e uma estatueta bem preservada do pássaro ba, que representa a alma do falecido. O objeto ainda apresentava todos os detalhes decorativos.

Estatueta do pássaro ba, a ave da alma

Estatueta do pássaro ba | Foto: Università degli Studi di Milano

A missão já mapeou cerca de 300 tumbas na área ao redor do Mausoléu de Aga Khan, em Assuã. A necrópole, localizada na margem oeste do Nilo, abriga túmulos que datam do século VI a.C. ao IV d.C.


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