A banda polonesa de dark folk, Ols, lançou um novo videoclipe para W Ciemny Las, uma música de seu terceiro álbum, Widma.
A atual crise decorrente da pandemia levou os artistas a tentar ficar mais perto dos fãs por todos os meios disponíveis. Ultimamente, a enorme quantidade de transmissões ao vivo, videoclipes e singles disponibilizados por nossas bandas favoritas tem sido uma bênção para nos ajudar a combater a tempestade.
Anna Maria Oskierko parece estar seguindo os passos do Danheim e lançando videoclipes um após o outro em um curto espaço de tempo. “Pode mandar mais!”, digo eu.
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Letras – W Ciemny Las
Trzeba było przejść po moście. Wąskim. Z ostrzy i noży. Nad rzeką z płomieni. Za życia jest kilka śmierci – po każdym przejściu inna. Najpierw odchodzą ludzie, potem zawodzą zmysły. Wspomnienia giną w ciemnościach martwej przeszłości.
Zostaje stara kobieta, sama w domku własnej głowy.
Smutna królowa na zamku własnej czaszki. Na zewnątrz nic już nie ma, można iść tylko w głąb,
w ciemny las, w ciemny las.
Odeszło życie z moich dróg,
mglisty szlak,
dalej wciąż w wielki czasu mrok,
strzępami snu zdławiony słaby głos,
wątły płomyk błysk przyćmiony
ginie w wielkiej nocy.
Nasiona dawno zgniły w ziemi,
pustych snów wróżby bez znaczenia,
splątane nici ścieżek w nic,
już donikąd.
Kruche kości moich zwierząt chrzęszczą pod stopami.
Gdzie się toczy los w nicość zerwanych dróg,
ślepo po śladach martwych idę.
Cierpka kropla krwi, przemrożony głóg
niejasny rysuje znak.
Dom mój przylega do nocy,
podchodzą mgłą jego ptasie ściany.
Pod dwoma księżycami bębnów
– zgasłe oczy okien, czaszek puste oczodoły.
Idzie ciemność.
Skrzesać iskrę w czerń,
rzucić płomień w zmierzch,
wsiać w mróz blady oddechu krzew.
Barwić własną krwią, karmić ognia byt,
nim przepali mnie na czerń.
Swoją głowę nieść jak koronę, kwiat,
zanim mrok się upomni o mnie.
Nie ma drogi wstecz, więcej nie można mieć
tylko śmierć – wieczna i spokojna.
Słońce, księżyc – dwoje oczu,
księżyc w pełni – sklepienie czaszki,
oddech – wiatry, kości – kamienie,
krew – sok ziemi, włosy – trawy,
dwoje oczu – słońce, księżyc ,
krew -sok ziemi, włosy – trawy,
pani zamku własnej głowy,
nie ma drogi, nie można wiecej.
Kłębek losu – obrót ziemi,
horyzonty – magiczne kręgi,
białe kości- łupiny wspomnień,
ziarna soli – zgniłe ziarna,
dwoje oczu – słońce, księżyc,
kształt oddechu – rozchwiany płomyk,
puste słowa – czcze obrzędy,
martwa noc niczego nie rodzi.
Tylko śmierć – wieczna i spokojna.
I las jest mój – miłość moja
najciemniejsza
straszna
Tradução – Para dentro de uma floresta escura
Foi preciso atravessar a ponte. Estreita. Feita de lâminas e facas. Sobre o rio de chamas. Há várias mortes durante a vida de uma pessoa – uma vida diferente após cada falecimento. Primeiro – as pessoas partem, depois falham os sentidos. Memórias são perdidas na escuridão do passado morto.
Uma velha permanece sozinha na casa de sua própria cabeça.
Uma rainha triste no castelo de seu próprio crânio. Não há mais nada lá fora, ela pode apenas ir mais fundo para dentro,
para dentro de uma floresta escura, para dentro de uma floresta escura.
A vida se foi dos meus caminhos,
trilha enevoada,
ainda em frente na grande escuridão do tempo,
voz fraca sufocada por estilhaços de um sonho,
uma chama tênue, um brilho fraco
morre na vasta noite.
As sementes há muito estão podres no chão,
presságios sem sentido de sonhos vazios,
fios emaranhados de caminhos para o nada,
Para lugar nenhum.
Ossos frágeis dos meus animais trituram sob meus pés.
Onde o destino rola no vazio de estradas cortadas,
seguindo cegamente as pegadas dos mortos, eu caminho.
Uma gota azeda de sangue, uma baga de espinheiro congelada
desenha um sinal obscuro.
Minha casa agarra-se à noite,
a névoa rasteja pelas paredes parecidas com pássaros.
Sob as duas luas de tambores
– olhos apagados das janelas, órbitas vazias de caveiras.
A escuridão está chegando.
Para acender uma faísca na escuridão,
jogue uma chama no crepúsculo,
semeie na geada um pálido arbusto de ar.
Pinte-o com meu próprio sangue, alimente o ser de fogo,
antes que me queime em escuridão.
Carregue minha cabeça como uma coroa, uma flor,
antes que a escuridão implore por mim.
Não há caminho de volta, não se pode ter mais,
somente morte – eterna e pacífica.
Sol, lua – dois olhos,
lua cheia – abóbada de caveira,
respiração – ossos, ventos – pedras,
sangue – seiva de terra, cabelo – grama,
dois olhos – sol, lua,
sangue – seiva de terra, cabelo – grama,
a dama do castelo de sua própria cabeça,
não há como, você não pode ter mais.
Uma bola de linha do destino – a rotação da Terra,
horizontes – círculos mágicos,
ossos brancos – as conchas das memórias,
grãos de sal – grãos podres,
dois olhos – sol, lua,
forma da respiração – chama bruxuleante,
palavras vazias – ritos inúteis,
a noite morta não dará luz a nada.
Somente a morte – eterna e pacífica.
E a floresta é minha – meu amor
o mais escuro
terrível
W Ciemny Las é uma música do mais recente álbum do Ols, Widma, lançado em abril pela gravadora Pagan Records.
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