A musicista polonesa Dziewanna lançou um videoclipe para Bogi Wyśnione, um novo projeto inspirado no mundo pré-cristão dos eslavos, onde a magia se entrelaça com a realidade.
A música fala sobre uma sábia mulher que, em uma visão, embarca em uma jornada seguindo os passos de seus antepassados.
Músicos envolvidos no novo projeto de Dziewanna:
- Agnieszka “Dziewanna” Suchy (música, letras, vocais, roteiro e coordenação do projeto)
- Iga Suchara (violino)
- Arek Wiech (violão)
- Jakub Staciwa (percussão)
- Jarosław Wicher (hurdy-gurdy)
- Maciej Sitarz (baixo)
Letra:
Dziewanna – Bogi Wyśnione
W kłębinie snów niespokojnej nocy,
matki stroskanej wiecznych powrotów,
czasem roi się od motyli,
myśli niesforne przeszywa spokój.
Rannego słońca gwarne promienie,
bracia znani i nieznani,
złocą nieśmiałe dziecięce śnienie,
twarze boginek zapomnianych.
Pod bosą stopą wilgoć ziemi,
prężą się kłosy wiatrem czesane,
błędna wiedunka między swemi
słucha tego, co jej pisane.
Kto słyszy, temu szum rzecznej fali
pięć zmysłów czule pobłogosławi,
kto słucha, do tego przemówi z dali
ta, której szukam, słowiańska pani…
Ref. Ojców mych.
Matko złotych żniw!
Gdzie ty, tam zawsze moje plemię,
gdzie moje plemię, tam ty.
Na łono rodzinnych ziem
urodzaj przynosi twój siew,
tu bogi ochotnie wyciągną dłonie,
by ziarno oddzielić od plew.
Czerni się bór w przedjesiennym zmroku,
w trzewiach kłębi się rój motyli,
kwili jaskółczy we mnie niepokój,
niebo z odbiciem gwiazd wciąż mi myli.
Może to dęby szumią posępnie,
może na skrzypkach duszyczki grają,
z wiślanej toni rusałek śpiewy
płyną, a może to krew we mnie…?
Ref. Pani ojców mych,
matko złotych żniw…
Tradução:
Dziewanna – Deuses dos Sonhos
Nos tormentos dos sonhos de uma noite inquieta,
de uma mãe ansiosa por retornos eternos,
às vezes repleta de borboletas,
pensamentos indisciplinados são perfurados pela paz.
Os raios agitados do sol da manhã,
irmãos conhecidos e desconhecidos,
douram os sonhos tímidos de uma criança,
rostos de deusas esquecidas.
A umidade do chão sob pés descalços,
as espigas penteadas pelo vento estão se flexionando,
a bruxa errante entre os seus
ouve o que lhe está escrito.
Quem ouve, o som de uma onda do rio
os cinco sentidos abençoarão ternamente,
quem escuta, falará de longe
aquela que procuro, a senhora eslava…
Refrão: Pais meus.
Mãe da colheita dourada!
Onde você está, sempre está minha tribo,
onde minha tribo está, você está.
Para o seio da terra natal
a fertilidade traz tua sementeira,
aqui os deuses estendem as mãos de bom grado,
para separar o grão da palha.
A floresta escurece no crepúsculo pré-outonal,
um enxame de borboletas gira nas entranhas,
a ansiedade tremula dentro de mim, como uma andorinha
o céu com o reflexo das estrelas ainda me confunde.
Talvez sejam os carvalhos murmurando sombriamente,
talvez as pequenas almas estejam tocando violinos,
das profundezas do Vístula, as canções das sereias
fluem, ou será o sangue em mim…?
Refrão: Senhora dos meus pais,
mãe da colheita dourada…