Foi lançado na segunda-feira (6) o livro Relatos astecas da conquista, que mostra o outro lado das expedições dos Conquistadores espanhóis contra os astecas.
Os relatos comumente encontrados sobre a conquista de Tenochtitlán são de procedência cristã, portanto sujeitos a interpretações cristianizadas. A proposta de Relatos Astecas da Conquista foi a de dar autenticidade à visão dos conquistados sobre o choque entre as culturas. Além dos relatos, o lançamento conta ainda com ilustrações originais dos indígenas.
O livro, publicado pela Editora Unesp, é uma antologia de textos escritos por indígenas de procedência náuatle e mestiços em seu idioma. Os relatos foram traduzidos e organizados pelos historiadores Georges Baudot e Tzvetan Todorov, que lançaram o livro originalmente em 1983.
Sinopse
Vasta literatura a respeito das expedições de Colombo, Cortés, Cabral, Pizarro e outros, bem como sobre os processos de invasão e colonização que lhes sobrevieram, foi produzida por intelectuais de todo o mundo, especialmente nas Américas. No entanto, menos conhecida é a rica literatura produzida neste continente pelos próprios povos vencidos, ainda no “calor da hora” da invasão de que foram vítimas. Narrativas e imagens contemporâneas aos célebres relatos dos invasores europeus. Este volume apresenta uma antologia de tais relatos e rica iconografia com ilustrações presentes nos manuscritos originais.
O livro tem 581 páginas em formato brochura e custa R$ 94.
Relatos astecas da conquista | Georges Baudot & Tzvetan Todorov (org.) | Editora Unesp
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Sobre os autores
Georges Baudot (1935-2002): historiador, antropólogo, foi professor na Universidade de Toulouse II-Le Mirail. Especialista em etno-história do México, língua nahuatl e literatura. Dirigiu a revista Caravelle e escreveu cerca de uma dezena de obras, especialmente sobre os temas Mesoamérica e Nova Espanha.
Tzvetan Todorov: Nascido na Bulgária, em 1939, radicou-se na França em 1963. Filósofo, historiador, crítico literário, é autor de dezenas de obras. Sua trajetória intelectual é permeada pela multiplicidade temática. Inscreve-se entre os expoentes surgidos no século XX no campo das ciências humanas. De sua obra, a Editora Unesp já publicou Teoria da literatura: textos dos formalistas russos (2013), Simbolismo e interpretação (2014), A vida em comum: ensaio de Antropologia geral (2014), Teorias do símbolo (2014), Crítica da crítica (2015), Diante do extremo (2017), Os gêneros do discurso (2018) e Poética da prosa (2019).
